quarta-feira, 14 de abril de 2010

Me ofereça o novo

Ó Deus, até quando sentirei este velho resmungar sob minha juventude
Perceber que o mesmo é seu fiel companheiro
A tendência ao dejávu perceptivo é a velhice
Ou seria a tendência a senelidade?
Ó Deus, se todos um dia vão morrer, se todos eles perecerão
Por que, Deus, eu deveria lhes oferecer outra saída?
Já faz muito tempo, quando éramos receptivos às novidades
Quando as flores eram parte de um jardim e não o contrário
Definir o todo pela individualidade e não a individualidade pelo todo
É isso, Deus, isso que é ser demasiadamente velho?
Velho demais é quem já não rejuvenesce, filho, quem nunca se enquadrou ao seu tempo
Não nascemos para observar, somos os filhos da ignorância e do lugar comum

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