sábado, 28 de novembro de 2009

Fugere Urbem

Eu quero ir embora, voltar àqueles lugares mais tristes, mas doces
Retornarei aos momentos em que não percebia minha respiração
Os tempos onde o céu parecia ser majestoso e as pessoas mais sinceras
Menos hipocrisia ou tanta parcialidade, menos lamentação
Por que não?
Abandonar tudo, ir de cara pro mundo, RUN, FORREST, RUN!
É melhor correr, levar apenas o que for preciso
É preciso esquecer de todos, deixar apenas uma saudosa lembrança
Temperada pelo amargo de minhas lágrimas que escorrem sorrateiramente
É tempo de ir, vamos embarcar pelo nada e descobriremos tudo
Beijar a natureza, admirar a vida
Vamos fugir, faremos parte desta terra, mais de nós mesmos

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Eu, rei de mim mesmo, no império do outro

Contra a tirania de minha moral, avesso da anarquia sentimental que me impões segredos tão indigestos.
Sou eu quem caminha à um minuto de não aceitar o real.
Talvez possa transparecer um tom melancólico, algo sombrio que lhe demonstre o que realmente posso vir a ser.
Mas meu sorriso deixa tudo mais amarelo, e assim um quê de esperança benevolente nos conforta, nos nutre e assacia, parcialmente.
Perverso exercício de minha soberania.
Incapaz de lhe dizer claramente que tenho planos verdadeiros.
Contra a tirania de minha moral, avesso da anarquia sentimental que me impões segredos tão indigestos.
Sou eu quem caminha à um minuto de não aceitar o real.
Exito em pensar certo sobre o que, certamente, é o contrário.
E o anteposto é também antônimo.
Sinônimos do que sinto, concretização de minhas abstrações metamórficas.

Haementeria no covil das amizades

Já falou demais, respira um pouco
Pausa pro almoço, nem assim você descansa
Desencana, sai da minha cola
Me respeita, não amola
Zé ruela, não entrosa não fera
Já falou demais, ri de tudo e ri muito
Ri de desespero, até parece
Faz uma prece, reze por sua alma
A minha tá em paz, pra mim tanto faz
Continua até te faltar o que fazer
Já me ensinaram, engola a porra antes de dizer
Segue reto nessa linha torta
Só não me direciona, já falei não me importa
Não me iludo não, atravessa do outro lado
Nas minhas costas é cara e por trás é coroa
Não vale um trocado, seu valor no mercado
Deus te perdoe, o céu te acolha
Mas não confia na providência divina
Vai ter que suar muito pra poder ter a alma nobre
Como a minha, é verdade
Venhamos e convenhamos, sinceridade não é sua praia
Sai da minha laia, sai
Não te quero por perto, não te quero como amigo
Tá perdendo seu tempo, tá sobrando tempo perdido
Eu não sou desse tipo, pega descendo
Sai de mim, parasita