terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Eu, por mim mesmo

Esse meu modo de pensar está bem arraigado em meu dizer
Não faz sentido você querer mudar, eu também não acredito que valha a pena poder
Para mim, isso não tem uma importância tão expressiva, porque eu não saio por aí vomitando verborragias
Tenho bom senso, e isso já basta
Quem dera todos poderem ter um pouco disto
Silenciar no momento certo, saber se portar, chegar e sair
É claro que não sou extremista, suporto muitas situações
Sou até simpático em certas ocasiões
Alguns acham isso tudo uma grande frescura, não ser inoportuno realmente incomoda as almas mais infelizes
Mas que fique aqui como relato e até como registro
Quem sabe um dia as coisas se tornem menos tempestuosas

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Delay

O tempo nos causa o encrustamento de certos sentimentos
Como aquele velho sentimentalismo bobo por lembranças boas
Sim, é verdade, hoje tudo é menos colorido
Talvez agora não possamos sentir os aromas, cores, e a intensidade
Como tudo acontecia, e como tudo que era novo também era bom
Sonhos tão breves como o desejo pela figura que a bala trazia
Ela também tinha um inesquecível sabor de lembrança
Quando os muros, tão brancos, eram os mais altos
Onde podíamos driblar a necessidade da brincadeira, e atender o prazer repentino
Pedindo passagem no ramo das saudades
Eu caminho por esses caminhos, que mais me parecem uma selva interminável
E descubro que no meio dele existem poças secretas, cheias de água cristalina e bons momentos vividos
E aí eu me teletransporto ao passado, ao som da melodia que ecoa por aí
Perto de algum neurônio sobrecarregado, ao lado de onde repousam meus vícios